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sexta-feira, 29 de abril de 2011

fim do capitulo XXIV





Então não tenho forças?! Só por ser baixa e ter, provavelmente, mais dificuldades que os outros?! Se as tenho, e já consegui perceber, resta-me trabalhar para ultrapassa-las. Nem quem que para isso me tenha que isolar do mundo, me tenha que sentar numa cadeira diferente, sozinha, em todas as aulas, em todos os momentos. Eu quero lá saber o que quer que seja que pensam de mim. Quero lá saber que, ainda assim confundam o meu presente com o meu passado. « Eu chamo-me Cláudia, cada ano que passa, fico mais velha, assim como toda a gente, sou loira e tenho olhos castanhos » O que me interessa a mim que não gostem de como me aparento por fora, ou até de como sou por dentro?! Ninguém me conhece suficientemente bem para dizer o que quer que seja de mim, para me julgar, seja onde for. Por isso, hoje, peguei numa caneta e num papel e comecei a escrever. Comecei a escrever acerca da minha vida. Escrevi tantas coisas erradas que fiz, tantos medos que tive, as melhores coisas que me aconteceram. Mas o melhor de tudo é que consegui fazer o que muitos não conseguiriam: pegar numa caneta e num papel e organizar-se, organizar a sua vida. Ter força de vontade para fazê-lo. E agora perguntam vocês o que importa isto. Para vocês, pode ate não importar nada, pode ser uma crise de uma criança que não sabe nada acerca da vida, mas para mim, isto é o fim de um terrível capitulo da minha vida, o pior que podia imaginar, ao qual se seguirá um novo, onde terei em atenção todos os erros que naquela folha suja de papel ficaram marcados, erros que cometi, erros com os quais aprendi e aprendi bastante. E sabem que mais?! Neste momento, só me apetece gritar ao mundo, gritar bem alto para as pessoas que nunca quiseram o me bem que, estou viva, que finalmente consegui levantar-me daquele buraco onde tivera caído à tempos. Só me apetece gritar que estou bem, que estou muito bem, que voltei a ter vida, que voltei a ser uma pessoa normal, que estou feliz.
Poderão agora perguntar o que irá mudar. Não irá mudar nada, é simplesmente como ter acabado de comer um chocolate que odiava e fazer de tudo para começar a comer um que adoro, um que acho que me saberá bem. Bem, isso também não importa. Em relação as pessoas, estará comigo quem, realmente, merece.

3 comentários:

sem medos, nem vergonhas, todos somos seres humanos.